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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

O Velho Impropério




O Velho Impropério

Existe um velho impropério
Que se quer austero
e dissidente,
na situação vigente!

Como que um velho mistério
Resquício de um velho império
O velho do impropério
Trabalha sem mistério

Usa o mais valioso minério
E sempre com um ar sisudo e sério
Explora o nosso ser etéreo!
Num vasto e vivo cemitério!

Esse bom velho impropério
Esse que explora o minério,
Esse senhor tão sério
Essa vitima de adultério,

Trabalha provavelmente
Num qualquer ministério.
Um com um nome profícuo,
Um de assessor, ou redator, deputado ou aleijado, um qualquer pau mandado...
Um sacana oblíquo!

Então junta-se esse senhor maldito,
A esse bom velho impropério
E o caso passa a ser sério,
Sério de constituição,
Sério de ser mistério!
Sério tipo inquisição!

Não por ser de fé, ou cometido ao pé,
De uma fonte, um passadiço,
Ou numa gruta, junto a um precipício!
Só por ser de conta, de conta de quem se é!

Não é justo por nascimento
Ou por incúria, ou orçamento
Por azar, ira, ou paixão,
 ser-se vitima de racionamento!

Racionamento de se permitir a ser, ser-se sem julgamento!

Ou porque é preto, ou rabi!
Porque é cinzento e por acaso é Bi!
Porque canta o hino nazi,
Ou simplesmente por não afinar em si!

A verdade mocidade,
 e nela  os velhos também
Aqueles velhos de verdade,
  os que ainda cheiram a saudade!
A verdade é que não se faz,
 não se diz, não se sabe de nada
que impeça o impropério!

Nada, nada
juventude e velhice que me lê,
Nada, nada
daquilo que qualquer um vê,
Nada, nada
do que em nós se encerra,
Nada, nada
nos desemperra!
Nada, nada
do que nos seduz,
Nada, nada
 nos induz!
Nada, nada,
Nos acelera,
Nada, nada
Nos norteia,
Nada, nada
Nos salva!

Estamos num deserto alargado,
Com o pescoço entalado,
Entre a areia e os astros,
Como uma avestruz!

Perto só mesmo os Hindus
Mas também,
só por aceitaram a luz!
E a nós? O que nos cabe?
O que nos cabe mundo zen
Do zen emprateleirado,
Do zen tão, mas tão aclamado,
Por só se ter de juntar água
Ou ter o programa instalado,
O programa do impropério,
Por nós sempre perpetuado!

Soubéssemos de verdade o zen
E percebêssemos as dualidades
Saberíamos que tudo o que se faz
Faz-se, pelas metades!

Havendo sempre o lado e outro
Este que está vivo, que jazerá morto
O que nos endireita, tirando-nos do torto,
Cabendo-nos sempre a opção de qual, trazer a bom porto!

Somos nós, já desde o tempo dos nossos avós
E os deles antes deles, antes de serem milicentiexatetra-avós!
Posso estar a exagerar, mas gosto de pensar num natal, com tanta tarte de noz!
Mas, a verdade é que sabemos e saberemos quando deixar-mos de nos sermos, saberemos ser nós a não mais lembrar-mos os nossos avós!

Tá tudo fodido meu!
Corram para os montes,
Ergam muitas pontes,
Saltem para o lado de lá!
O Amanhã, já cá npronto, soltam-se umas s!
ras,
as sereias!
al, com tanta tarta de no...
ão está!
foi passar férias a Felgueiras,
ter com um Xeiquedas areias!
Conseguiu reserva num restaurante com lampreias!
Sei lá, desistiu e foi fazer vida com as sereias!
Nós só fazíamos asneiras!
E pronto, deu-lhe para tonteiras,
Nem nos tratou das torneiras!
E pronto, nisto,  soltam-se umas rameiras, levaram-no a comer alheiras,
E pronto, ele saltou barreiras, rompeu todas as fronteiras e ainda nos levou as carteiras!

Vivemos num tal desafogo, que tudo o que nos é vendido, nos é vendido para o futuro! Não compramos o que consumimos hoje, mos o que vamos querer consumir daqui por três dias, mais para depois das férias, que faremos, um desses anos,
Depois de pagarmos a casa, ou antes de vendermos o carro! Não sei, um dia desses compramos, só porque é tão caro que soa mesmo a algo extraordinário!
Mas pronto, eu é que sou o otário, o primata subdesenvolvido que não acredita num horário, para se cumprir o primário!

Sou eu que sou atrasado, retardado e talvez, um pouquinho passado,
Corre-me ar pelas veias, por isso solto asneiras, como grãos, que compõem as areias!
Ou então, por muito que me custe e marque, por muito que me dilacere,
Eu fui adoptado e vim de marte e o meu mundo não é aqui! Devo ser lá da tal parte!
Ou de um País, onde a TV não mostra aqui! Se calhar fui muito exposto,
Padeci de um qualquer desgosto e por isso estou aqui! Ou então, então, ou então, não!

Custa-me a cota-de-malha da gente
Esta forte, mas transparente,
Onde quem desperta vê, vê-o tão claramente!
Um mar, um universo de gente,
Gente que de si não é crente,
Sendo forçada a manter um  estado omnipotente
Para em nós perpetuar este nosso não pensar
Este que nos é dado a tragar,
Onde dizem que o nosso esforço nunca fará parar
O que nos mata e destrói, o que nos corrói e separa
Isso que de nada nos vale, acordando no que nos espera!
Face á ameaça vigente
Essa que faz necessário,
contratar um assistente,
Tecnocrata emasculado,
dos do grupo de deputados,
referidos previamente!

Por isso é que não sou crente do trabalho do presidente,
Ou da pátria nação,
De um hino ou qualquer canção
 que patrocine o padrão!

Esquecendo assim a nomeação
A que foi dada em maioria
Ou pela suposta união, a da democracia
Afim de continuar a re-evolução,

Ou
Aquela depois do perdão,
dado pelo papa a toda a nação
devota da sua religião
 perpetuadora da repressão
extremada na inquisição!
Ou
Aquela depois da grande guerra, uma das duas, sei lá,
 ou a próxima,
ou a outra,
 aquela já para a semana,
uma com um vizinho do irão,
ou uma no Paquistão,
ou letão, ou um cão, sei lá!
Nem ter de ser uma nação!
Pode ser uma pessoa
Uma qualquer mais ou menos
Um daqueles pequenos não dá gozo
Claro está! Traga-me aquele dali
Só porque não o quero ali!
E é este o alibí,
Para perseguir quem não presta vassalagem aos que estão na outra margem nada tendo que ver com o que está a acontecer!
Nada tendo que ver com o que de nós conseguiu sobreviver!

Porque é que me querem a aceitar
A palavra de um badameco,
Um qualquer “jotinha” ou o “caneco”
Um grandessíssimo anti-imaginário
Um contra tudo o que lhe é contrter com um Chtudo errado!
o o que crça do grande calça
ente!
r daqui por tr carteiras, ário
E idiota como todos os outros, um sacristão!
Ele nem é culpado, foi de como foi educado
Em menino era bom moço
Comia tudo ao almoço
E estudava bem a lição,
Todos os dias, era um  sabichão!
Não é por acaso que o pai
o batizou de sebastião!
Não o podemos julgar,
 ele não podia saber que o pai era mandatado
Lidava com assuntos de estado e nos coelhões imaginou exatamente o que queria ter
E como era o que ele fazia, o que ele queria ter, tinha!
E teve assim este filho, que coitado até é bom moço,
Mas não percebe um caroço daquilo que é fazer
O que tinha de fazer, porque tinha!
E pronto, querem que eu aplauda a cagança do grande calão
Que atingiu tudo o que quer só com a ajuda do paizão!

E é por isso que não aplaudo,
hoje em dia claro está,
O futuro irá mudar
e nesse movimento se perpetuará!
O que me faz dizer,
que no futuro não sei,
Posso não concordar com nada disto
 e achar que tudo o que cá está,
Bem escrito,
 claro está,
Pode ser um grande tiro ao lado!

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