Diz-se do Fodissismo que não presta, que é paupérrimo e que
não basta para dar cobro á miséria dos tempos modernos. Os seguintes parágrafos
servem para que se perceba que apesar de ter andado enterrado, o Fodissismo
andou fazendo seu trabalho, influenciando e dando provas da sua eficácia no que
presa a respeitar o seu cunho pessoal no mundo.
Começando pelo principio, o Fodissismo crê na
individualidade, é no individuo que se encerra o cerne da pesquisa Fodissílica.
O individuo diz merda e o Fodissismo estremece pois na base do ser existe um
código de conduta que fissura a crença de que para um Fodista dizer merda
baste, por isso o individuo Fodista vai além da merda e diz merdas, dizer merdas é completamente diferente de dizer merda, qualquer um diz
merda, aliás a maior parte dos indivíduos passa a maior parte da sua vida a
dizer merda, enquanto que para um Fodissista que se preze dizer merdas é o cerne da questão das questões.
Um individuo pode começar por dizer —no principio era o verbo e o verbo estava
com deus e o verbo era deus— e um Fodista iria parar o individuo de dizer merda
e diria as suas merdas e entre várias
merdas diria — cala-te caralho que
não percebes merda nenhuma do que havia no início — do que se depreende que no
principio só existia o individuo em silêncio, mais ainda se entende das
palavras do Fodista que no inicio nem verbo nem deus, só vazio e no vazio umas merdas, entre as quais o individuo. Um
dos valores mais altos do Fodissismo é reconhecer que das suas merdas vem a noção da criação de tudo,
tudo advém de umas merdas que se
juntam a outras merdas e que fazem merdas maiores, inquestionáveis. Das
mais conhecidas frases Fodissistas é importante referir uma que se tornou
corolário e farol de conhecimento para os Fodissistas e quiçá para a
humanidade, “eu só sei que merdas sei”,
está bom de ver que saber umas merdas
é útil para o indivíduo, saber por exemplo que a terra é redonda, que a soma
dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa, a noção de
espaço-tempo curvo da teoria da relatividade, tudo são merdas importantes, mas o Fodissismo vai além desse conhecimento e
tenta agora descobrir merdas do caralho.
O estudo das merdas do caralho é algo
que se vem aperfeiçoando ao longo dos últimos anos e é uma das razões de base
pelas quais o Fodissismo andou enterrado. Saber merdas do caralho, vai além da simples capacidade de se saber umas merdas, apesar de que não é qualquer um
que sabe umas merdas e o próprio Fodissismo
andou enredado no conhecimento de umas merdas
a ver se conseguia fazer face á curiosidade que tinha. Mas é no meio dessa
pesquisa de umas merdas que o Fodissismo
tropeça nas merdas do caralho e é
este um tema de maior valor, pelo que saber umas merdas, apesar de ser ainda um dos ramos do conhecimento Fodissista,
foi largamente ultrapassado por conhecer merdas
do caralho. O estudo das merdas do
caralho pode ser dividido em três áreas distintas, as merdas do caralho abstractas, as merdas do caralho empíricas e as merdas do caralho práticas. Ao longo do tempo em que esteve em Massarelos e
antes mesmo de ter sido enterrado, o Fodissismo debruçava-se sobre estes três
pilares primeiros do conhecimento. Passo a dar alguns exemplos das diferentes
áreas de merdas do caralho. No campo
das merdas do caralho abstractas
podemos travar conhecimento com coisas como anões monoquilhão, os anões
monoquilhão são seres de estrema agilidade e velocidade, o facto de terem o
centro de gravidade baixo e um só quilhão a estabilizar o peso do seu corpo faz
com que sejam muito utilizados na pesca da solha em apneia em Peniche, o seu
peso pluma e o facto de terem um quilhão só faz com que a sua estrutura se
assemelhe á dos barcos, onde a quilha serve de espinha dorsal da embarcação, o
anão monoquilhão consegue atingir velocidades de ponta extraordinárias em baixo
de água e os bracinhos pequenos surpreendem a solha que não consegue resistir
ao anão em apneia, de referir que o
facto de haver só um quilhão faz com que o peso do anão se distribua mais
uniformemente e isso aliado ao seu reduzido tamanho faz com que as capacidades
do anão monoquilhão pescador de solha em apneia em peniche seja uma das
maravilhas de conhecimento de merdas do
caralho abstractas. Nas merdas do
caralho abstractas incluem-se também os ornitorrincos e o José Castelo
Branco. No que diz respeito a merdas do
caralho empíricas, um só exemplo basta, a punheta de mão dormente exercida
por jovens com acne em avançado estado
de desenvolvimento que permitem não só ao individuo borbulhento imaginar que é
outra pessoa a afagar-lhe o palhaço o que o faz soltar urros de prazer, como
também o premeia com o ato impar de limpar o pus da borbulha que rebenta
aquando do píncaro de prazer com uma mão mole e formiguenta, acabando por
mesclar pus com meita o que acaba por
hidratar-lhe a pele e ao fim de umas sernicadelas
formiguentas ao longo de meses acaba por sanar-lhe o problema do acne, ficando
ele com uma pele sedosa e brilhante o que lhe permite conhecer a Cátia de
Gondomar que gosta de ler romances no autocarro que lhe faz a ligação entre
Baguim do Monte e o bolhão. Por fim temos as merdas do caralho práticas, nas
quais se incluem gajas com mamas grandes bêbadas em bares depois das duas da
manhã, taberneiros com a capacidade de mastigar com a boca fechada e crianças
que sejam capazes de mamar em peitos até aos 19 anos de idade. Estas três áreas
são essenciais para a plena compreensão da Fodissibilidade da vida, as merdas
do caralho estão em todo o lado e compreendem em si um conhecimento maior que o
próprio conhecimento. Por isso se vê que o Fodissismo é riquíssimo e que tem em
si vários atributos que visam a compreensão da existência em si, deitando assim
por terra os argumentos de alguns que não contentes com a merda que dizem se
acham donos e senhores da verdade. Mas o Fodissimso tem muito mais para
oferecer e em breve analisaremos outros campos da ação do Fodissismo e as suas
múltiplas ferramentas.